quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Comentário : 18ª Estâcia da Canção Gaúcha


Terminou no domingo a 18ª Estância da Canção Gaúcha de São Gabriel, mas o que fica do festival deste ano.

Mais uma vez um composição que representa a cidade de São Gabriel, ganhou o festival, ''Embretados'' empolgou o público ao retratar a realidade atual dos produtores rurais. O destaque foi o refrão da música : ''...mete o cavalo cumpadre/ vamo da uma apertadinha/ divulga pra sociedade / que boi não brota das arvore/ e leite não dá em caixinha...''


A Estânciano entanto gerou críticas, pois o festival que tinha como base o tema campeiro, teve entre as músicas apresentadas e uma das campeãs, letras que pouco retratavam o gaúcho e o campo.

Outro fato marcante foi a entrevista rápida do cantor Lisandro Amaral para uma rádio local, este mostrou um fato bem atual ao declarar ''estão colocando secante em minha cidade e matando nossas raízes''. A frase do cantor se referia ao fato de na Expofeira de Bagé haverem ocorrido shows com Luan Santana e Michel Teló.


Para o próximo ano fica então a expectativa que as raízes da Estância e da música gaúcha sejam preservadas e retomadas. Não pode ocorrer o mesmo que em Bagé, cidade tradicional, onde a influência do sertanejo tem abalado o nativismo.

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Premiações de 2011

1º lugar: "Embretados" (chamamé), letra e música de Davi Teixeira e Igor Silveira (São Gabriel e Porto Alegre), interpretada por Pirisca Grecco e Ângelo Franco
2º lugar: "Cordeona-me" (chamamé), letra de Gujo Teixeira e música de Luciano Maia (Lavras do Sul e Porto Alegre), interpretada por Luciano Maia
3º lugar: "Quem Sou Eu" (chacarera), com letra de Everton Michels e Rômulo Chaves (Criciuma / Palmeira das Missões) e música de Piero Ereno (Porto Alegre), interpretada por Shana Muller
Melhor indumentária: Enio Medeiros
Arranjo Vocal: "Meus Olhos de Carreteiro" (chamarra), letra de Ivonir Leher e música de Felipe Cornel
Melhor Intérprete: Shana Muller, por "Pétala Negra" e "Quem Sou Eu"
Música Mais Popular: "Embretados"
Melhor Poesia: "Quem Sou Eu"
Melhor Instrumentista: Luizinho Corrêa
Melhor Tema Campeiro: "De Tropa, Aparte e Lembrança" (milonga), letra de Jorge Peres Machado (Rosário do Sul) e música de Mateus Alves (Porto Alegre)
Melhor Arranjo Instrumental: "Quem Sou Eu"


Estancinha (Fase local) - Resultado final
"Flor da Tuna", letra de Edilberto Teixeira (in memorian) e música de Enio Medeiros
"Meus Olhos de Carreteiro", letra de Ivonir Leher e música de Felipe Cornel
"Bochincheiro e Mal Domado", letra e música de Macedinho

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Heróis de Querência

Chega mais um 20 de setembro, data celebre para os gaúchos. Foi neste dia a mais de 150 anos, que a história do Rio Grande do Sul e do Brasil sofreu uma grande mudança, pessoas de ideais que tomavam a capital Porto Alegre. Eclodia então a Revolução Farroupilha.
Mas que eram estes que se puseram de arma em punho frente ao poder dó maior Império da América do Sul. Seriam estes o guaranis que lutaram numa guerra também contra impérios, seriam estes os gaudérios primitivos que se instalaram sobre esta Pampa, seriam os demais que lutaram mais de 200 anos para preservar a fronteira, seriam... .Mas não eram estes, eram outros, mas que junto consigo traziam um espiríto gaúcho, traziam ansias de outroras e as marcas da intempéries mais ''brabas'' do tempo que estas plagas podiam trazer.
Negros, índios, imigrantes, peões, estancieiros. Lado a lado em campos abertos para sagrantas batalhas durante 10 anos de guerra.
Que outra província teve o ''peito'' de se tornar independente, de enfrentar 2/3 do exército imperial, de ostentar 10 anos de guerras, com poucas armas. A que eram movidos os homens daquele tempo? Provavelmente por sonhos, coube a eles erguer o pesos do amigos mortos na batlhas anteriores, coube a elas transformar a Pampa em mar.
Depois da guerra perdida, veio a Guerra do Paraguai, as revoltas internas. E os gaúchos seguiram na ''peleia''. Depois veio Getúlio, a Legalidade e mais uma vez os gaúchos pelearam.
Restanos então a nós do presente mostrar a raça gaúcha e entoarmos nosso hino, hinos este que simplica nosso feitos, pois ''SIRVAM NOSSAS FAÇANHAS DE MODELO A TODA TERRA''

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Gaúcho : A palavra


Hoje em dia é comum se designar gaúcho aquele que nasce no Rio Grande do Sul. Mas a palavra gaúcho tem um significado maior do que este empregado nos dias atuais, o gaúcho em verdade é aquele paisano que tem amor e apreço pelas coisas do pago e que se mostra envolvido com a terra e com o campo.Tanto que existem o gauchos uruguaios e os gauchos argentinos.
Aquele que nasce no Rio Grande do Sul, tem uma grande celebração quando aos feitos caudilhos, tanto no 20 de setembro quando nos GTGs que hoje estam espalhados por todo mundo.Mas existem muitos ''bonecos'' de GTC que se pilcham apenas em festividades e que ao sairem do Centro de Tradições fazem piada da cultura de quais são frutos. Isto também falem aos ''gauchihos'' de 20 de setembro que fazem questão de se pilchar e passar a cavalo nos desfiles temáticos que tomam conta do RS nesta data célebre, sendo ''gaúchos de verdade'' só naquele dia. Estes não são dignos de serem chamados de gaúchos, pois apenas se aproveitam das tradições para se ''aparecerem'' aos amigos e para outras pessoas, pois vestem a pilcha sem apresentar apreço aos feitos e a dignidade do verdadeiro gaúcho, e o pior ainda fazem piada da própria cultura.
Isto infelizmente é comum, mas ainda existem aqueles gaúchos da cepa tradicionalista, aquele que mesmo de a pé não deixam de escutar uma boa música e que usam a pilcha a qualquer dia sem a deixar guardada para usar no dia 20 de setembro.Estes gaúchos vão desde os peões de estância até o citadino ou historiadores e pessoas ''letradas''.
Assim tentaremos ser mais gaúchos, mas gaúchos de verdade, cantarmos o hino com mais garra e vontade,, pois este hino é sagrado e representa toda história desta querência que foi marcada por lutas lendárias,escurtamos aquela música nativista que vem do berço do tradicionalismo, usar a pilcha, mas não por bonito, mas demonstrando o valor que ele representa.Sejamos gaúchos de verdade, que ostentam uma história de feitos inimagináveis. Cantaremos alto para que o brado daqueles que não se conformam com as injustiças seja escutado por todos os quatro cantos. Mostraremos que ainda existe aquela raça e garra que tradicionalmente nos habita.
Não sejamos apenas figuras de rodeios de desfiles temáticos, sejamos algo mais simples e não por isso menos honrado e valoroso, sejamos apenas GAÚCHOS.